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Anotações sobre Patrimônio Histórico



Por, 
Prof. João Andrade.

O conceito de patrimônio histórico começou a ser disseminado a partir do século XIX (19), após a Revolução Francesa (1789), quando se buscou elementos que pudessem realmente definir qual a identidade de um povo.

Esse patrimônio representa os bens materiais e/ou naturais que possuem importância na história de uma determinada sociedade ou de uma comunidade, e podem ser prédios, ruínas, estátuas, esculturas, templos, igrejas, praças, ou até mesmo parte de uma cidade, como temos por exemplo, o Centro Histórico de várias capitais de nosso país e de cidades também localizadas no Interior.

No Brasil, temos um marco muito importante com relação à própria definição daquilo que podemos considerar como Patrimônio Histórico: trata-se da criação, no ano de 1937, do pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O IPHAN, ao logo de sua existência, tem contribuído decisivamente para o delineamento do que é o patrimônio histórico assim como, também, ampliando essa concepção com a soma de novos objetos a partir da década de 1990, incluindo manifestações culturais imateriais como patrimônio cultural. 

Aqui, no estado da Paraíba, temos o Centro Histórico da cidade de João Pessoa como uma grande referência de Patrimônio arquitetônico, já no interior do estado podemos identificar a cidade de Areia, localizada no Brejo Paraibano à 127 km da capital.

Já na região do Alto Sertão Paraibano, no município de Aparecida, vizinha à cidade de Sousa, localizada à 408 km da capital, encontramos a Fazenda Acauã com Patrimônio Histórico tombado pelo – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Na cidade de Araruna, localizada na região do Curimataú Oriental à 162 km da capital, é possível também visualizar um conjunto arquitetônico que remete à primeira metade do século 20 e que se encontra tombado pelo Governo do Estado da Paraíba, em Atos publicados no ano de 1.999.  

Esse conjunto é formado pela Igreja de Santo Antonio, pelo conjunto de imóveis ao redor da Praça Rio Branco, pelo Antigo Mercado público, pela Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição, e ainda dois casarões situados na rua Coronel Antonio Pessoa.

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