Por, Prof. João Andrade Desde tempos imemoriais, os seres humanos perseguem uma coisa: a sua identidade. A capacidade de definir quem somos, de onde viemos e qual o nosso lugar, constitui um poderoso instrumento, pois concede o poder de mobilizar as pessoas sob a égide dos mais diversos sentimentos. Nos últimos tempos tivemos incontáveis exemplos de como a busca pela afirmação de identidade é capaz de mover as pessoas a praticar atos que, infelizmente, foram caracterizados pela extrema violência. Ainda resta o gosto amargo dos eventos terroristas do dia 08 de janeiro, em que “patriotas” destruíram as Sedes dos Três Poderes da República, em Brasília. Em um Estado democratico, a identidade deve ser embasa na prática da Democracia que é, antes de tudo, sustentada e alimentada pelos pilares da memória (lugares, objetos, leis, monumentos) que contém o testemunho de como a sociedade é composta, quais nossos limites e referências para a vida coletiva como um todo. Mas, é claro, esses pil...